sábado, 1 de junho de 2013

Tecido Muscular


  O tecido muscular é constituído por células alongadas, que contem grande quantidade de filamentos citoplasmáticos formados por proteínas contrateis, geradoras das forças necessárias para a contração desse tipo, utilizando a energia contida na moléculas de ATP.



  As células musculares tem origem mesodérmica, e sua diferenciação ocorre pela síntese de proteínas filamentosas, concominante com o alongamento das células. Elas se distinguem em três tipos de tecido muscular, essa diferenciação é de acordo com suas características morfológicas e funcionais.

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Músculo estriado esquelético
   O tecido muscular esquelético é formado por feixes de células muito longas, podendo chegar ate 30 cm, são cilíndricas, multinucleadas e contendo muitos filamentos, as miofibrilas. Estas células são denominadas fibras musculares. Nas fibras musculares esqueléticas os numerosos núcleos se localizam na periferia das fibras, nas proximidades do sarcolema. Esta localização nuclear característica permite a distinguir o músculo esquelético do músculo cardíaco, ambos com estriações transversais, pois nos músculos cardíaco os núcleos são centrais.





· Organização do Músculo Esquelético
   Em um músculo, como o bíceps ou o deltoide, por exemplo, as fibras musculares (ou células musculares), estão organizadas em grupos de feixes. Sendo o conjunto de feixes envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo chamada epimísio, que recobre o músculo inteiro. Do epimísio partem finos septos de tecido conjuntivo que se dirigem para o interior do músculo, separando os feixes. Esses septos constituem o perimísio, que envolve os feixes de fibras. Cada fibra muscular, individualmente, é envolvida pelo endomísio, que é formado pela lâmina basal da fibra muscular, associada a fibras reticulares.  
  O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas, permitindo que a força da contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro. Este papel do conjuntivo tem grande significado funcional porque na maioria das vezes as fibras não se estendem de uma extremidade do músculo ate a outra. Alem disso, a força da contração do músculo pode ser regulada pela variação do numero de fibras estimuladas pelos nervos.
  É ainda por intermédio do tecido conjuntivo que a força de contração do músculo se transmite a outras estruturas como tendões ( tecido conjuntivo também) e ossos.

                                                 http://nevespedro.blogspot.com.br/2012/05/tecido-muscular.html


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· Organização das fibras musculares esqueléticas:
   Quando observadas ao microscópio óptico, as fibras musculares esqueléticas mostram estriações transversais, pela alternância de faixas claras e escuras. Isso ocorre pela presença de estruturas denominadas sarcômeros.
· Sarcômeros:
   Cada sarcômero é formado pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas Z sucessivas e contem uma banda A separando duas semibandas.
   Ao microscópio de polarização, a faixa escura é anisotrópica e, por isso, recebeu o nome de banda A, enquanto que a faixa clara, ou banda I, é isotrópica. No centro de cada banda I nota-se uma linha transversal escura – a linha Z.  A banda A ainda apresenta uma região mais clara ao centro denominada zona H.



Músculo estriado cardíaco

  Célula alongadas e ramificadas, com aproximadamente, 15mm de diâmetro. Prendem-se por meio de junções intercelulares complexas. Apresentam estriações transversais semelhantes às do músculo esquelético, mas, ao contrário das fibras esqueléticas que são multinucleadas, as fibras cardíacas possuem apenas um ou dois núcleos centralmente localizados.



Discos intercalares: são complexos juncionais encontrados na interface de células musculares cardíacas adjacentes. Neste complexo encontram-se três especializações juncionais principais: zônula de adesão, desmossomos e junções comunicantes. As zônulas de adesão representam a principal especialização da membrana na parte transversal do disco, estão presentes também nas partes laterais e servem para ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais.
    Os desmossomos unem as células musculares cardíacas, impedindo, que elas se separem durante a atividade contrátil. Nas partes laterais dos discos intercalares encontram-se junções comunicantes responsáveis pela continuidade iônica entre células musculares vizinhas.
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   O músculo cardíaco contém numerosas mitocôndrias, que ocupam aproximadamente 40 % do volume citoplasmático, o que reflete o intenso metabolismo aeróbio desse tecido.
   O músculo cardíaco armazena ácidos graxos sob forma de triacilglicerol encontrados nas gotículas de gordura do citoplasma de suas células. Existe pequena quantidade de glicogênio para situações emergenciais.
   As células musculares cardíacas contêm grânulos secretores de peptídeo atrial natriurético que atua nos rins aumentando a natriurese e diurese promovendo a redução da Pressão Arterial.




Músculo liso

   Formado por células longas mais espessas no centro e afunilando-se nas extremidades, com núcleo único e central.
   São revestidas por lâmina basal e mantidas juntas por uma rede muito delicada de fibras reticulares. Essas fibras amarram as células musculares lisas umas as outras de forma que a contração de uma fibra causa a contração de várias.

   O sarcolema ontem depressões (cavéolas) que armazenam Ca2+ que será utilizado para dar início à contração.
Frequentemente duas células adjacentes possuem junções comunicantes que participam na transmissão do impulso de uma célula para outra.
  As células musculares lisas possuem estruturas denominadas corpos densos, estruturas densas aos elétrons que aparecem escuras nas micrografias eletrônicas. Esses corpos densos se localizam principalmente na membrana dessas células, porém existem também no citoplasma, que tem importante papel na contração.

Referencias
JUNQUEIRA L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

Acadêmicas: Ana Paula Chuproski e Karoline Vinturelli Felício

Corrigido por: Profª Dra. Michelli Dietrich M. Costa

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