quarta-feira, 29 de maio de 2013




PROTOZOÁRIOS
Atualmente existem certos seres que, segundo se acredita, seriam semelhantes àqueles primeiros animais da Terra. Esses seres são os PROTOZOÁRIOS (do grego protos = primeiro; zoon = animal). Constituem um grupo heterogêneo de cerca de 50.000 espécies de organismos unicelulares eucarióticos. O grupo dos protozoários chama a atenção pela enorme diversidade de formas que apresenta, com ampla variação em termos de complexidade estrutural e adaptação para inúmeros tipos de condições ambientais. Vivem preferencialmente em lugares úmidos, seja no mar (marinhos), na água doce (dulcícolas) ou no solo (terrestres).
Os protozoários são formas microscópicas, unicelulares, que somente podem ser estudadas em detalhes na sua estrutura celular com o auxílio de um microscópio. Atualmente tais seres estão incluídos dentro do reino Protista (= Protoctista).
A única característica comum a todos os protozoários é o nível unicelular de organização. Um protozoário pode ser comparado estruturalmente a uma célula de um organismo pluricelular. Fisiologicamente, no entanto, a célula de um protozoário é um organismo completo que realiza todas as funções essenciais à vida, pois são na maioria das vezes, autossuficientes. Por isso, contém todas as organelas celulares típicas e realiza todos os processos celulares fundamentais, além de executar todas as funções encontradas em um organismo multicelular, o que a torna uma estrutura extremamente complexa. Um Paramecium sp., por exemplo, é muito mais complexo em termos morfofisiológicos do que qualquer célula do corpo humano.
Um bom modelo para se estudar o grupo dos protozoários é a ameba. A espécie mais comum é Amoeba proteus, encontrada em água doce limpa, onde há vegetação verde movimentando-se sobre substratos variados. Existem também espécies marinhas e algumas parasitas. Apesar de sua aparente simplicidade, a ameba pode locomover-se, capturar, digerir e assimilar alimentos, eliminar resíduos não aproveitáveis, respirar, secretar e excretar substâncias, crescer e reproduzir-se. É um organismo incolor, gelatinoso, com até cerca de meio milímetro de comprimento, e que não exibe uma forma constante.
Como qualquer célula, as amebas, bem como todos os outros protozoários, são constituídas por envoltório, citoplasma e núcleo. O envoltório é a estrutura que reveste a célula, estando representado por uma membrana celular lipoproteica, embora algumas células apresentem carapaças minerais protetoras. O citoplasma pode se apresentar diferenciado em duas regiões: uma mais externa, de constituição gelatinosa, chamada ectoplasma (plasmagel); outra mais interna, de constituição mais fluida, denominada endoplasma (plasmasol). Dentro do endoplasma fica o núcleo, que não é muito visível no organismo vivo. Em alguns protozoários existem dois núcleos: um macronúcleo maior que controla funções vegetativas e um micronúcleo menor que comanda os processos reprodutivos.
Possuem diferentes modos de nutrição. São organismos heterótrofos e podem ser de vida livre, obtendo alimento por meio da fagocitose, ou podem ser parasitas, como Trypanosoma sp. e Plasmodium sp. que retiram nutrientes do corpo dos hospedeiros em que vivem parasitando. Também, podem ainda ser sapróvoros, nutrindo-se de matéria orgânica morta em decomposição.
A digestão é intracelular e ocorre no interior de vacúolos digestórios, que contêm enzimas proteolíticas sintetizadas pela célula. Após a absorção de partículas digeridas, os resíduos são eliminados para o meio externo (defecação celular ou clasmacitose).
Quanto à respiração, as trocas gasosas se processam por simples difusão através da membrana celular. Existem protozoários aeróbios e anaeróbios, e as amebas fazem parte do primeiro grupo.
A excreção também é feita por difusão através da membrana celular, sendo a amônia o principal resíduo metabólico. Já o controle osmótico, que determina a quantidade de água presente na célula, é feito através de uma organela denominada vacúolo pulsátil ou contrátil , que age como uma bomba de remoção do excesso de água do citoplasma. Os vacúolos pulsáteis são esféricos, contraem-se periodicamente para eliminar seu conteúdo e geralmente são encontrados em protozoários de água doce, pois os marinhos, vivendo em um meio altamente concentrado, tendem ao equilíbrio osmótico com seu ambiente.
A reprodução assexuada é a mais comum e também a única encontrada em certas formas. Destaca-se a cissiparidade (ou fissão binária ou bipartição), quando uma célula se divide em outras duas. A reprodução sexuada, é mais rara e pode envolver a diferenciação do próprio organismo em gameta, ou seja, a célula comportar-se como um gameta e unir-se á outra célula. Esta, aliás, é a única forma de reprodução sexuada encontrada nas amebas. Entretanto, o processo mais conhecido não envolve gametas e chama-se conjugação, sendo restrito a outros grupos de protozoários.
É comum classificar os protozoários em quatro grupos menores, sendo usado como critério principal de classificação o tipo de locomoção. Atualmente, a taxionomia considera esses quatro grupos como sendo quatro filos de Protozoa. São eles:
● os protozoários com movimento flagelar formam o grupo dos Flagelados ou Mastigóforos (do grego, mastix= chicote; phoros = portador);
● aqueles que se movimentam por meio de pseudópodos formam o grupo dos Rizópodos ou Sarcodinos (do grego, sarcodes = carnoso);
● os que têm movimento ciliar pertencem ao grupo dos Cilióforos (do latim, cilium = cílio);
● finalmente, os que não se movimentam durante boa parte da vida e são todos parasitas formam o grupo dos Apicomplexos ou Esporozoários (do grego, spora = semente).

Flagelados
São os protozoários que possuem como estruturas locomotoras filamentos alongados denominados flagelos.
O flagelo é uma estrutura de locomoção que está normalmente voltado para a extremidade anterior da célula e consiste de um filamento longo formado por microtúbulos protéicos, envolvido por uma bainha que é contínua com a membrana celular. Origina-se sempre de um corpúsculo basal, de estrutura semelhante à de um centríolo. Em Trypanosoma sp., além do flagelo, existe uma membrana ondulante que auxilia a locomoção. Trichonympha sp. possui milhares de flagelos e tem uma organização muito complexa. Habita o intestino de cupins e tem participação na digestão da madeira ingerida por estes insetos. A madeira ingerida pelo cupim é assimilada pelo protozoário e os produtos da digestão são também utilizados pelo inseto. A reprodução dos flagelados geralmente ocorre através de cissiparidade, com divisão longitudinal da célula.

Sarcodinos ou Rizópodos
São os protozoários cuja locomoção é feita através de de projeções celulares denominadas pseudópodos, também utilizadas para a captura de alimento no processo de fagocitose. Assimétricos, ou seja, sem forma constante, ou mesmo esféricos, os sarcodinos formam um grupo muito diversificado, existindo formas marinhas, como os foraminíferos dotados de carapaça, e formas comuns de água doce, como os heliozoários, cuja célula lembra um pequeno sol. As amebas, que são os sarcodinos mais conhecidos, podem ser nuas ou providas de uma carapaça. As amebas nuas não têm forma fixa; sua célula se modifica constantemente conforme os pseudópodos são formados. Já as amebas com carapaça ou tecamebas, mais freqüentes em água doce, possuem um envoltório rígido protetor dentro do qual a célula fica contida. A carapaça pode ser secretada pelo citoplasma ou composta por materiais aglutinados na célula, sendo sempre dotada de abertura por onde os pseudópodos são emitidos. Aliás, algo que chama a atenção entre os sarcodinos é que este é um grupo de protozoários que apresenta abundante registro fóssil, devido à existência de carapaças rígidas em vários de seus representantes.
A formação dos pseudópodos está relacionada com alterações na estrutura citoplasmática, sobretudo a interconversão entre o endoplasma fluido (plasamasol) e o ectoplasma gelatinoso (plasmagel). Como conseqüência de algum tipo de estímulo, o ectoplasma, em um ponto determinado da superfície celular, transforma-se em endoplasma e a pressão interna provoca um fluxo citoplasmático nesta região, dando origem ao pseudópodo. Depois que ele foi distendido, o endoplasma de sua extremidade é reconvertido em ectoplasma, prendendo a célula ao substrato. Do lado oposto, ao mesmo tempo, o ectoplasma é convertido em endoplasma para que o movimento possa ser completado. A ameba, desta maneira, consegue se deslocar num pequeno espaço, como se tivesse dado um passo; daí o significado do termo pseudópodos = "falsos pés".
Cilióforos
Maior e mais homogêneo grupo de protozoários. Sua locomoção é feita através de cílios, estruturas de origem e composição semelhantes às de flagelos; porém, costumam ser menores e mais numerosos que eles. 
Paramecium sp. é o ciliado mais conhecido pela facilidade com que é cultivado em laboratórios. Este organismo de água doce movimenta-se rapidamente utilizando os batimentos ciliares, descrevendo um movimento de rotação em torno de seu próprio eixo. Ao contrário da ameba, tem forma constante. É um organismo heterótrofo, sendo o alimento trazido para a célula graças aos batimentos de um conjunto de cílios posicionados em uma depressão da superfície celular denominada sulco oral. Este leva a uma abertura celular, o citóstoma, por onde o alimento penetra na célula. O citóstoma desemboca em um canal de passagem, a citofaringe, que se aprofunda na célula até o endoplasma. Dela se destacam vesículas contendo o alimento e que, recebendo enzimas digestivas secretadas pela célula, formam os vacúolos digestivos. Estes são movimentados pelo citoplasma, permitindo uma assimilação uniforme das partículas digeridas. Os resíduos são eliminados por uma pequena abertura da superfície celular denominada citopígeo.
Os vacúolos pulsáteis, de posição fixa, fazem o balanço hídrico da célula, sendo dois, um em cada extremidade do organismo. A reprodução mais comum é por cissiparidade, mas a conjugação eventualmente acontece em certas espécies. Neste caso, dois protozoários estabelecem entre si uma comunicação citoplasmática e trocam os respectivos materiais genéticos micronucleares. Fusão entre os materiais trocados e aqueles que permaneceram estacionários em cada célula, além de várias divisões celulares de cada um dos envolvidos, completam o processo em que, de cada par de conjugantes, resulta um total de oito células-filhas.

Esporozoários
Estes protozoários se caracterizam pela ausência de qualquer estrutura locomotora. Além disso, todos os membros do grupo são parasitas. Suas células têm forma arredondada ou alongada, com um núcleo e sem muitas organelas. Os alimentos são absorvidos diretamente do hospedeiro. A reprodução é feita por divisão múltipla ou esquizogonia, processo em que a célula torna-se multinucleada por mitoses sucessivas e então o citoplasma divide-se. Entretanto, pode ocorrer fase sexuada no ciclo de vida, com a diferenciação das células em gametas e posterior fusão, num processo denominado esporogonia. Os maiores destaques neste grupo são as gregarinas, que são parasitas de invertebrados, como insetos e anelídeos; Toxoplasma sp., que pode atingir tecidos diversos no homem; e Plasmodium sp., o causador da malária.


Postado por Karine Ferraz Sperling e Renata H. Parrino
Corrigido pelo professor Ricardo


LABORATÓRIO DE ENSINO:

RECURSOS DIDÁTICOS AUDIOVISUAIS

Várias são as habilidades a serem desenvolvidas através das Ciências Naturais tais como a observação, o levantamento de hipóteses, a análise, a síntese. No que concerne à observação o uso de recursos diretos como as visitas ao meio ambiente são essenciais, porém muitas vezes elas não são possíveis. Dessa forma o vídeo surge como um recurso imprescindível quer com função motivadora, quer com função informativa com seus atributos de máxima objetividade e de cópia de parte da realidade.
A utilização de vídeos nas aulas de Ciências tem algumas funções como: motivar os alunos a aprenderem os conteúdos trazidos nos vídeos e que são trabalhados nas aulas; diversificação de metodologia, funcionando como atrativo e como alternativas ao método tradicionalista; ilustrar a teoria trabalhada, dando uma idéia de maior realidade aos assuntos; dentre outros.
Nas escolas públicas o recurso audiovisual tem estado mais acessível, devido a disponibilização das TVs – Pendrive, que ainda não são muito utilizadas, mas que servem bem para auxiliar durante as aulas. O uso desse recurso serve para diversas funções, além das acima citadas, explora a aprendizagem auditiva e visual, levando em consideração a variedade dos ritmos de aprendizagem dos alunos.
O professor de Ciências também poderá fazer uso de músicas, dependendo do assunto que estiver trabalhando, conseguirá aliar a letra de determinadas músicas que contenham semelhança com os assuntos, estimulando os alunos a pensarem, interpretarem e refletirem sobre as letras trabalhadas.
Com o avanço das tecnologias, a internet e os equipamentos telefônicos tem estado cada vez mais presente no ambiente escolar, ficando cada vez mais difícil o controle indevido da utilização dos mesmos. Para isso, o professor tem que inovar suas metodologias e recursos didáticos de ensino, aproveitando a atenção que os alunos estão dando aos aparelhos eletrônicos, e o uso de captura de imagens tem sido a primeira forma de aproveitar essa interação tecnológica.
Segundo o especialista em educação José Carlos Libâneo, antes de propor qualquer adoção tecnológica em sala de aula, é preciso, primeiro, que os professores repensem como ajudar no desenvolvimento das capacidades intelectuais dos estudantes por meio dos conteúdos de suas disciplinas, neste caso, Ciências ou Biologia. 
O mesmo autor afirma ainda que, as características de todo bom professor precisam ser identificadas a partir de sua base pedagógica. Não são as tecnologias digitais que as definem e nem apenas as demandas da escola do futuro. O professor precisa identificar na matéria as capacidades intelectuais (conceitos, ações mentais) mais importantes a serem desenvolvidas e propor atividades e experiências que estimulem, envolvam e melhorem a aprendizagem ativa e a compreensão dos alunos.

Apresentamos algumas recomendações para o uso dos recursos audiovisuais nas aulas, como: análise do filme previamente, das seqüências de slides antes dos alunos (caso o professor utilize de material em ppt), a verificação dos equipamentos, as possíveis alternativas do uso do vídeo (condizentes com os assuntos trabalhados), a importância da apresentação teórica prévia do conteúdo a ser ministrado, programação de atividades de discussão e análise do que foi apresentado após a exposição do recurso audiovisual.

Por: Igor Ruan
Revisado por: Prof. Marina Comerlatto da Rosa

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Química


Equilíbrio Químico:


Esse conteúdo será visto tanto nas aulas teóricas quanto nas práticas. É um assunto que demanda tempo de estudo e atenção. Hoje vou passar para vocês alguns conceitos e exemplos sobre o deslocamento de equilíbrio químico.
Todos os processos que ocorrem em um sistema isolado (onde não ocorre troca de matéria ou de energia com as vizinhanças) atingem um estado de equilíbrio. No estado de equilíbrio, as propriedades macroscópicas do sistema (pressão, temperatura, volume, coloração, etc) permanecem  inalteradas com o tempo.
Equilíbrios químicos são sempre dinâmicos. Quando se diz que um sistema atingiu o equilíbrio, não se quer sugerir que toda transformação foi interrompida ou completada. Ao invés disso, as reações direta e inversa continuam ocorrendo, porém estas reações estão ocorrendo com velocidades iguais.
Henry Louis de Le Chatelier, cientista francês, enunciou o princípio geral do deslocamento de equilíbrios químicos: “ Quando uma força atua sobre um sistema em equilíbrio químico, este se desloca no sentido de anular a força aplicada”. É o princípio de Le Chatelier da fuga ante a força. A concentração, a pressão e a temperatura são as forças que atuam sobre os equilíbrios químicos. Os estudos de equilíbrio se farão em função da concentração, fato que indiretamente comprova a existência do equilíbrio.
- Quando se aumenta a concentração de um dos componentes do equilíbrio, este se desloca no sentido de consumir o reagente adicionado.
- Quando se diminui a concentração de um dos componentes do equilíbrio, este se desloca para repor o componente retirado.
Um dos equilíbrios que é mais utilizado para demonstrações é representado pela reação:
FeCl3 + 3 NH4SCN  Fe(SCN)3 + 3NH4Cl
Porque o Fe(SCN)3 é um sal solúvel de cor vermelha característica. É fácil concluir que, deslocando-se o equilíbrio para a direita, ocorrerá uma intensificação na cor vermelho sangue do meio e vice-versa.
Outro equilíbrio bastante interessante é o que ocorre com os cromatos (soluções amarelas) e os dicromatos (soluções alaranjadas), em solução aquosa. Dissolvendo-se uma certa quantidade de dicromato de potássio em água, ocorrerá a dissolução do sal.
K2Cr2O7      2K+ + Cr2O7-
O ânion Cr2O72- e a água entram em equilíbrio:
Cr2O72-  + H2O        2CrO42-  + 2H+
                          Alaranjado                           Amarelo
Deslocando-se o equilíbrio para a direita, o meio tornar-se-á amarelo e para a esquerda, alaranjado.

Então é isso pessoal. No youtube tem um vídeo sobre equilíbrio, é para vestibular mas pode ajudar, http://www.youtube.com/watch?v=prR7y_-uni4
Espero ter ajudado, qualquer coisa estou aqui para tirar as dúvidas de vocês. Bons estudos!

Bibliografia:
PIMENTEL, G.C. e SPRATLEY, R.D, Química: um Tratamento Moderno, São Paulo: Ed. Edguard  Blücher, 1974, p 69-79
OLIVEIRA, E. A., Aulas Práticas de química, 2 ed. São Paulo: Ed. Moderna, 1986; p 172-174.



Autora: Priscila Nunes – 4º ano-Biologia
Corrigido por: Prof:  Eliane May de Lima

Evolução dos vegetais


Estudamos a Morfoanatomia Vegetal com intuito de compreender a história evolutiva, através da morfologia das plantas.



Fonte: http://mpsaberbiologia.blogspot.com.br/2012/05/botanica-sistematica-vegetal.html

- Flores:
A evolução da flor foi seguramente um dos principais fatores que determinaram o sucesso e a grande diversidade das Angiospermas.
A partir da flor primitiva, as tendências evolutivas gerais se deram nos seguintes sentidos: redução do número de elementos, disposição espiralada dos elementos passando à disposição cíclica; sépalas indiferenciadas passando à diferenciação de cálice e corola; adequação e fusão dos elementos; mudança de simetria da flor de actinomorfa para zigomorfa; formação de um hipanto que gradualmente se funde ao ovário com modificação do ovário súpero para ovário ínfero e reunião das flores em inflorescências.

- Folhas:
 A folha é o órgão vegetativo que apresenta grande polimorfismo e adaptações a diferentes ambientes e funções.
Além da fotossíntese, outros processos fisiológicos importantes para as plantas têm lugar nas folhas, tais como: respiração, transpiração e reserva de nutrientes.
E as folhas, já pensaram em sua evolução? O motivo pela quais se precisaram melhorar? Será que poderíamos relacionar com a distribuição de seiva? Que quanto mais ramificada a folha, melhor a distribuição de seiva. E importância para o vegetal? As folhas possuem as mais diversas formas e tamanhos. Melhor método de se estudar as folhas é pega-as e observa-las.




Imagem 2: Diversidade de forma do limbo.
Fonte: http://cantinhodaciencia-igrejas.blogspot.com.br/2011/01/diversidade-de-folhas-na-natureza.html
São folhas que têm funções especiais e, por isso mesmo, suas formas se adaptam a essas especializações. São exemplos: 

Espinho - folha modificada para economia de água.

Escama - folha geralmente subterrânea modificada que protege brotos, como, por exemplo, no lírio.

Catáfilo - folha subterrânea modificada que protege o broto nos bulbos tunicados, como na cebola.

Gavinha - folha modificada para permitir a fixação dos caules sarmentosos.

Bráctea - folha modificada que acompanha as flores com função de proteção ou atração. 

Espata - bráctea especial que protege as inflorescências do copo-de-leite e do antúrio.

Carnívora ou insetívora - folha adaptada para atrair, capturar e digerir pequenos animais que vão ser utilizados como adubo.
Os espinhos são folhas modificadas. Durante a evolução, parte do tecido da folha se atrofiou e esclereficou, persistindo os vasos condutores de água. Normalmente há dois tipos de espinhos: os chamados radiais, que são geralmente mais numerosos; e os centrais, que são mais grossos e escassos. Possuem diferentes formatos (finos, grossos, cilíndricos, planos, retos, curvos ou retorcidos) e tamanhos (entre 1mm e 30 cm), podem ser rígidos ou flexíveis, com coloração que vai desde o branco até o negro (Hollis, 1999).
São também condutores de água, pois funcionam como ponto de condensação da umidade do ar, que escorre na direção da aréola, chegando aos vasos liberianos que ali se encontram. A partir daí, conduzem a água ao interior da planta.
Cotilédones são as primeiras folhas formadas ainda no embrião no interior da semente. Em alguns casos, acumulam reservas ou funcionam como um órgão de transferência de reservas do albúmen para o embrião.
Os espinhos são também órgãos de proteção da planta contra as intempéries (principalmente o sol) e os animais. Há também, em algumas espécies, espinhos glandulares que secretam açúcares (HOLLIS 1999).
Escamas ou catafilos: algumas vezes as folhas são reduzidas a escamas mais resistentes, os catafilos, que revestem as gemas em repouso. A principal função dos catafilos é a proteção da gema durante o inverno.
Passando a época desfavorável, as escamas caem e a gema rebrota.
Brácteas ou hipsofilos: as folhas podem ser transformadas em estruturas vistosas ou atrativas, que auxiliam na polinização.
Gavinhas são estruturas que têm a função de prender a planta em um suporte ou enrolando-se nele (tigmotropismo). Geralmente, as gavinhas originam-se do alongamento da nervura principal da folha.
Folhas das plantas carnívoras: são folhas que mostram variação morfológica com formas especializadas para a captura dos insetos e outros organismos. As plantas carnívoras vivem geralmente em ambientes pobres em compostos orgânicos, principalmente, pobres em nitrogênio, e para suprir esta deficiência, essas plantas capturam e digerem pequenos insetos e outros organismos.

Fonte: http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/morfvegetalorgaFOLHA.pdf
Fonte: http://aulasdebotanica.blogspot.com.br/2011/08/folhas-modificadas.html
Fonte: http://www.jardimdesuculentas.net76.net/apostila/05.html

Caule
O caule realiza a integração de raízes e folhas, tanto do ponto de vista estrutural como funcional. Em outras palavras, além de constituir a estrutura física onde se inserem raízes e folhas, o caule desempenha as funções de condução de água e sais minerais das raízes para as folhas, e de condução de matéria orgânica das folhas para as raízes.
Já em plantas que crescem em espessura, transformando-se em arbustos ou árvores, o tecido de revestimento (epiderme) é substituída por um revestimento complexo (periderme), formado por vários tecidos. Essas plantas que apresentam crescimento secundário são as eudicotiledôneas (lenhosas) e as Gimnospermas. Já as monocotiledôneas não apresentam crescimento secundário verdadeiro.
Os dois grandes grupos de angiospermas

As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.
São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.

Os caules são, em geral, estruturas aéreas, que crescem verticalmente em relação ao solo. Existem, no entanto, caules que crescem horizontalmente, muitas vezes, subterraneamente (abaixo do nível do solo, com função de reservar alimento)

Modificações caulinares
Espinhos: são transformações com função de defesa. Ex.: limoeiro (Citrus sp). Os acúleos (roseira, paineira), não são espinhos, mas sim projeções epidérmicas, sem vascularização.
Gavinhas: servem como suporte e fixação para trepadeiras; são sensíveis ao contato e por isso, se enrolam. Ex.: maracujá (Passiflora spp).
Domácias: quaisquer modificações estruturais do caule (ou da folha), que permitam o alojamento regular de animais. Ex.: O caule fistuloso (oco) da embaúba (Cecropia) é habitado por formigas.


A Raiz

A primeira raiz da planta origina no embrião (radícula do embrião - hipocótilo: origina raiz; epicótilo: origina as partes aéreas) e é chamada comumente de raiz primária. Nas gimnospermas, eudicotiledôneas e magnoliidea esta raiz torna-se pivotante; ela cresce diretamente para baixo, dando origem a ramificações, ou raízes laterais, ao longo do seu trajeto.






FIGURA 3: Desenvolvimento inicial da raiz – radícula do embrião. Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/feijao/arvore/CONTAG01_9_1311200215101.html

Esse tipo de sistema radicular, que desenvolve uma raiz principal bem desenvolvida e seus ramos é chamado sistema radicular pivotante (axial). Nas monocotiledôneas, a raiz primária comumente tem vida curta e o sistema radicular é formado por raízes adventícias, que se originam de tecidos do caule ou folhas (não tem origem no embrião). Essas raízes adventícias e suas raízes laterais dão origem a um sistema radicular fasciculado (cabeleira), no qual nenhuma raiz é mais proeminente do que as outras (não apresenta eixo principal: controle da erosão; une com mais firmeza as partículas do solo).
Os sistemas radiculares pivotante, em geral, penetram mais profundamente no solo do que os sistemas radiculares fasciculados. A extensão de um sistema radicular (profundidade que ele penetra no solo e a distância que ele se espalha lateralmente) depende de vários fatores, incluindo umidade, temperatura e composição do solo. Grande parte das raízes de nutrição (raízes ativamente envolvidas na absorção e transporte de água e minerais) da maioria das árvores ocorre nos primeiros 15 cm de solo, que é normalmente a parte do solo mais rica em matéria orgânica.

Referências:
http://www.raiz-iifp.pt/
http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/pdf-recursos-didaticos/morfvegetalorgaFLOR.pdf
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/morfvegetalorgaCAULE.pdf
http://professores.unisanta.br/maramagenta/SISTEMA%20CAULINAR.ASP

Postado por Aline Borato e Caroline Ribas
Corrigido pela Profª Me. Anna Luiza Pereira Andrade

domingo, 19 de maio de 2013

Anatomia: Articulações




Olá, calouros!!!

Estamos aqui novamente. Dessa vamos falar um pouco sobre um assunto bem importante da área da anatomia, que são as articulações. Resolvemos falar sobre esse assunto, para dar um auxilio ao pessoal do noturno e uma revisão ao pessoal do vespertino.
Em anatomia, chamamos de articulações ou junturas as uniões entre os diferentes ossos do esqueleto. Existem vários tipos de articulações e elas se diferenciam pelo tipo de movimento que ocorre entre os ossos unidos, ou até mesmo pela ausência de movimento.
Articulações são classificadas de acordo com sua estrutura, amplitude de movimento e também segundo os eixos em torno dos quais esses ocorrem.
As articulações imóveis ou sinartroses, chamadas junturas fibrosas são aquelas onde o contato entre os ossos é quase direto, com interposição de uma camada fina de tecido conjuntivo, onde praticamente não há movimento. Essas junturas fibrosas podem ser de três tipos: sindesmose, sutura e gonfose.
- Sindesmose: é a articulação na qual dois ossos são unidos por fortes ligamentos interósseos e não há superfície cartilaginosa na área de união. Como por exemplo a articulação tíbio-fibular distal.
- Sutura: é a articulação onde as margens ósseas são contíguas e separadas por uma delgada camada de tecido fibroso. Esse tipo de articulação só é encontrado no crânio e pode ser de três tipos: Sutura serrátil, sutura escamosa e sutura plana.
- Gonfose: é a articulação de um processo cônico em uma cavidade e só é observada nas articulações entre as raízes dos dentes e os alvéolos da mandíbula e da maxila.
As articulações que possuem pouco movimento, chamadas de anfiartroses são as junturas cartilagíneas, onde as uniões entre as superfícies ósseas contíguas são feitas por cartilagem. Os tipos existentes são a sínfise e a sincondrose.
- Sínfise: é a união por discos fibrocartilaginosos achatados cuja estrutura pode ser complexa. São observadas entre cada dois corpos vertebrais e entre os dois ossos púbicos.
- Sincondroses: são formas temporárias de articulação, uma vez que na idade adulta a cartilagem é convertida em osso. São encontradas nas extremidades dos ossos longos e também entre os ossos esfenóide e ocipital.
O tipo de articulação mais frequente no corpo humano são as diartroses ou junturas sinoviais, que fazem movimentos amplos. Nesse tipo de articulação as extremidades ósseas são revestidas por cartilagem hialina e a união é feita por uma cápsula fibrosa revestida internamente pela membrana sinovial que produz o líquido de mesmo nome que nutre e lubrifica a articulação.
Das uniaxiais, onde o movimento se faz em torno de um único eixo temos o tipo gínglimo ou dobradiça, onde esse eixo geralmente é transverso e o deslocamento se dá em um único plano. Nessas articulações é frequente a presença de fortes ligamentos colaterais . Exemplo: Interfalângicas e Úmero-ulnar.
As articulações biaxiais, (movimentos em torno de dois eixos), podem ser dos tipos elipsóides, condilares e selares:
- Nas elipsóides uma superfície articular ovóide é recebida em uma cavidade elíptica, permitindo os movimentos de flexo-extensão e abdução-adução sem rotação axial, cujo movimento combinado é denominado circundução . Como exemplo temos as articulações rádio cárpica e metacarpo-falangeanas.
- Condilares são aquelas nas quais duas superfícies convexas ou semiesféricas deslizam sobre outra superfície. Como exemplo temos o joelho e a temporomandibular.
- São selares as articulações em que as extremidades ósseas apostas são reciprocamente concavo-convexas, também com movimentos de flexo-extensão e adução-abdução sem rotação axial. Exemplo: Carpometacárpicas do polegar.
Quando os movimentos ocorrem em torno de três eixos permitindo a flexão, extensão, adução-abdução e rotações axiais temos as articulações triaxiais ou esferóides, também denominadas enartroses. É formada por uma cabeça esférica com uma cavidade em taça. Os melhores exemplos são as articulações do quadril e do ombro.
As articulações  planas são junturas sinoviais, também denominadas artródias ou deslizantes, que só permitem o deslizamento entre as superfícies envolvidas. Essas são planas ou ligeiramente convexas e a amplitude do movimento é controlada pelos ligamentos ou processos ósseos dispostos ao seu redor. Estão presentes entre os processos articulares das vértebras, no carpo e no tarso.

É isso ai galera. Qualquer dúvida só mandar que faremos de tudo para ajudar.

Aquele abraço!

Referências:

http://zecaalves.no.comunidades.net/index.php?pagina=1871275601_09
http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=93
http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=94
http://www.auladeanatomia.com/site/pagina.php?idp=95

Por: Geovanna Ambrosio e Jessica Fernandes

Corrigido pelo Prof. Me. José Fabiano Costa Justus 

Leis de Newton: Uma lembrança do Ensino Médio que deve ser aprofundada


Leis de Newton
A dinâmica é um ramo da mecânica, na qual, se estuda os movimentos dos corpos e as suas causas. Esses conceitos foram formulados por Galileu e Newton, porém, foi Newton que os enunciou da forma que conhecemos nos dias de hoje.
Força é uma interação entre dois corpos, e essas interações são cruciais para se compreender as leis postuladas pro Newton. Aceleração é definida como variação de velocidade (faz com que o corpo acelere  (varie) a sua velocidade), quando uma força é aplicada sobre um corpo ele acelera ou deforma (ela). (deformação faz com que o corpo mude seu formato, quando sofre a ação de uma força.)

PRIMEIRA LEI DE NEWTON
 Quando um corpo (pontual) está parado ou movimento retilíneo e uniforme ele está em equilíbrio, por definição. A primeira de Newton diz que, se um corpo está em equilíbrio à soma das forças que atuam sobre ele é nula.   

SEGUNDA LEI DE NEWTON      F= m.a
Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos com massas diferentes notamos que se comportam diferentemente, isto porque a força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de um corpo pela sua massa.

TERCEIRA LEI DE NEWTON
"As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de reação." Para qualquer força que um corpo A aplique a um corpo B, haverá uma força de mesma intensidade, de mesma direção, mas de sentido contrário, aplicada pelo corpo B ao corpo A. Um dessas duas forças, não importa qual, pode ser chamada ação e a outra, reação.
Por exemplo, quando derrubamos um martelo em nosso pé, irá machucá-lo porque ele aplicará uma força, mas acontece que o nosso pé também aplicará uma força no martelo.
Ação e reação atuam em corpos diferentes, portanto, nunca se equilibram.

LEIS DE NEWTON NO COTIDIANO
Quando uma pessoa caminha sobre uma superfície, ela é direcionada para frente graças à força que ela aplicou sobre o chão.
Os carros podem aumentar e diminuir suas velocidades graças ação de forças aplicadas pelo motor e pelo freio respectivamente.
Um corpo próximo à superfície da terra é atraído por ela: A terra exerce nele a força peso P. Pelo princípio de ação e reação, o corpo também exerce uma força, da mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário:- P    A terra atrai o corpo com a força P e o corpo atrai a terra com -P.
Quando o ônibus sai a partir do repouso, os passageiros tendem a se deslocar para trás, resistindo ao movimento. Porque todo corpo que está parado não deseja mover-se, e se estão em movimento, querem continuar em movimento.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

TECIDO CONJUNTIVO E TENDÕES



 Atividades como correr, andar, saltar, nadar, como são possíveis?
Graças a uma interrelação entre diversas estruturas corporais como ossos, músculos, articulações, ligamentos, tendões, vasos sanguíneos, nervos, etc. Todos esses constituintes possuem uma estrutura histológica específica.





    O que são os tendões? Qual a sua importância? Como é sua constituição histológica? Vamos relembrar a Anatomia e articulá-la à Histologia?



                         
  Fonte:http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/guia/tendinopatia-e-causada-pelo-excesso-de-uso-dos-tendoes-do-pe-e-tornozelo.html. 





                                    Fonte: http://www.cete.med.br/site/2012/07/30/tendinopatia-do-aquiles/. 

     Os tendões são cordões fibrosos que conectam os músculos aos ossos. Na imagem, observamos o tendão do Calcâneo (“tendão de Aquiles”), um dos mais importantes do corpo, pois liga os músculos posteriores da perna ao osso calcâneo e está envolvido em diversas atividades envolvendo movimento como andar, correr, saltar.



       Os tendões são formados essencialmente por tecido conjuntivo denso modelado. Mas o que é o Tecido Conjuntivo? De forma geral, pode-se dizer que a principal função deste tecido é estrutural, ou seja, ele preenche espaços, sustenta outros tecidos e estabelece a forma do corpo.

       O tecido conjuntivo é formado basicamente por células, fibras e substância fundamental. As células do tecido conjuntivo são principalmente os fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos, células adiposas e leucócitos. As fibras são polímeros de proteínas que formam estruturas muito alongadas que confere a elasticidade ao tecido. Os três principais tipos são as colágenas, reticulares e elásticas. A substância fundamental, juntamente com proteínas fibrosas, compõe a matriz extracelular.

      Vamos relembrar que existem duas classes de tecido conjuntivo propriamente dito: frouxo e denso.

    O tecido conjuntivo frouxo suporta estruturas sujeitas a atritos e pressões pequenas. É frequentemente encontrado envolvendo grupos de células musculares, epiteliais e em torno dos vasos sanguíneos, na hipoderme, membranas serosas e cavidades peritoneal e pleural. Vamos observar a imagem:






O tecido conjuntivo frouxo contém todos os elementos do tecido conjuntivo sem predominância de qualquer componente.
As células mais numerosas são fibroblastos e macrófagos.


Fonte:http://histologiafacil.blogspot.com.br/2012/08/tecido-conjuntivo.html#!/2012/08/tecido-conjuntivo.html






        Já o tecido conjuntivo denso oferece resistência e proteção aos tecidos. Comparativamente ao tecido conjuntivo frouxo possui menor número de células com predomínio de fibras colágenas. Quando as fibras colágenas são organizadas sem uma orientação definida, o tecido conjuntivo é denominado denso não-modelado. Veja a figura:



                                           

    Corte histológico de tecido conjuntivo denso não-modelado. As fibras colágenas não apresentam uma orientação definida. As fibras formam um arranjo em trama que confere maior resistência à tração em qualquer direção.



    O tecido conjuntivo denso modelado (que constitui os tendões) apresenta feixes de colágeno paralelos e alinhados aos fibroblastos. Os fibroblastos são as células mais comuns do tecido conjuntivo, responsáveis pela síntese de componentes da matriz extracelular, como as proteínas colágeno e elastina, além de outras moléculas: proteoglicanas, glicosaminoglicanas e glicoproteínas multiadesivas. As fibras colágenas são formadas pela proteína colágeno, a proteína mais abundante do organismo. Incluem mais de 20 tipos de proteínas diferentes.

     No tecido conjuntivo denso modelado, os fibroblastos orientam suas fibras de forma a conferir um arranjo que ofereça resistência a forças de tração em um determinado sentido.


      Os tendões são estruturas alongadas e cilíndricas que ligam os músculos estriados aos ossos. Assim, a função dos tendões impõe a necessidade de um arranjo específico das células e fibras do tecido conjuntivo. Vamos analisar um corte histológico de tecido conjuntivo denso modelado de tendão.




 Neste corte histológico longitudinal, podemos observar a disposição paralela das fibras de colágeno (FC) que preenchem os espaços entre os fibroblastos (F).










    Observamos que o tendão é formado por feixes densos e paralelos de colágeno com orientação fixa separados por pouca quantidade de substância fundamental. Os feixes de colágeno do tendão agregam-se em feixes maiores que são envolvidos por tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e nervos.

       Agora é possível imaginar porque os tendões são formados essencialmente por tecido conjuntivo denso modelado! Por realizar a conexão entre os ossos e musculatura e auxiliar na movimentação, os tendões necessitam ser bastante resistentes à tração, ou seja, a realização de tarefas que envolvem movimentação ampla e força muscular.


REFERÊNCIAS:


JUNQUEIRA L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.




Acadêmicas: Ana Paula Chuproski e Karoline Vinturelli Felício

Corrigido por: Profª Dra. Michelli Dietrich M. Costa