segunda-feira, 13 de maio de 2013



ZOOLOGIA

A Zoologia é uma unidade da Biologia constituída de grupos de organismos que vivem em a natureza, estabelecendo relações nos ecossistemas e interagindo com os fatores ambientais que são indispensáveis à manutenção da vida, como luminosidade, umidade, temperatura, solos e água.

Nomenclatura

Nomes comuns ou populares: Cada país tem seus próprios nomes comuns para designar animais bem conhecidos. Usando como exemplo uma ave como o pardal, tem-se:

No Brasil: Pardal, nos EUA: English sparrow,
na Inglaterra: House sparrow, na Espanha – Gorrion, na França - Moineau domestique.

Assim, há possibilidade de confusão entre povos de diferentes nacionalidades ou mesmo dentro de um único país, onde o mesmo animal recebe nomes distintos.

Nomes científicos: é o nome dado ao animal para evitar que ocorra uma confusão como dito acima, pelos nomes populares. Dessa forma, o pardal cujo nome científico é Passer domesticus, tem um nome padrão reconhecido em todas as partes do mundo.

ESPÉCIE

Conceito de espécie: a unidade de classificação dos animais, utilizada pelos biólogos, é chamada de espécie. Pode-se definir como organismos semelhantes que podem cruzar-se entre si, gerando descendentes férteis. Por exemplo, o cão é da espécie Canis familiaris, o lobo da espécie Canis lupus, o coiote da espécie Canis latrans.

Para reconhecer-se os grupos de animais e classificá-los é necessário saber que:

# As espécies podem ser agrupadas e formar um gênero. Por exemplo, o cão e o lobo são parentes próximos e também muito semelhantes, assim, todos esses animais foram classificados e agrupados no gênero Canis.

# Os gêneros podem ser agrupados e formar uma família. Por exemplo, o gênero Canis do cão, do lobo e do coite, podem ser classificados na família Canidae.

# Famílias podem ser agrupadas e formar uma ordem. Por exemplo, a família Canidae pode ser agrupada na ordem Carnivora.

# Ordens podem ser agrupadas e formar uma classe. Por exemplo, a ordem Carnivora pode ser classificada em classe Mammalia.

# Classes podem ser agrupadas e formar um filo. Por exemplo, a classe Mammalia em filo Chordata.

# Filos podem ser agrupados e formar um reino. Por exemplo, filo Chordata em reino Animalia.

A classificação dos seres vivos é uma forma de organizar aqueles animais com as mesmas características em um mesmo grupo, para depois relacionar este com os outros animais de características distintas; podendo então, estabelecer graus de parentesco entre eles, e visualizar sua escala evolutiva ao longo do tempo, facilitando o estudo dos seres vivos em geral.

Para nomear os seres vivos, devemos obedecer a certas regras, que foram estabelecidas após os brilhantes trabalhos do botânico sueco Carolus Linnaeus, em 1758: CARLOS LINEU.

Deve-se procurar lembrar as seguintes regras para Nomenclatura Zoológica:

1. O nome dos animais deve ser escrito em latim (Lineu usou o latim porque era a língua dos intelectuais em sua época).

2. Todo animal tem, obrigatoriamente, dois nomes no mínimo. O primeiro é o do gênero e o segundo é o epíteto específico, chamado de Sistema binominal criado por Lineu. Ex.: Homo sapiens

3. O nome do gênero deve ser sempre escrito com inicial maiúscula, e o do epíteto com inicial minúscula. Ex.: Trypanossoma cruzi.

* Quando se dá o nome específico em homenagem a uma pessoa, como no exemplo acima, acrescentamos a letra i no sobrenome do homenageado se for do sexo masculino. Ex.: Carlos Bates = batesi

Quando o homenageado for feminino, acrescentamos ae no sobrenome. Ex.: Sônia Costa = costae

4. Quando existe subespécie, o seu nome deve ser escrito depois do da espécie e sempre com inicial minúscula. Ex.: Rhea americana darwing ou Apis mellifera adansoni.

5. Quando existe subgênero, este deve ser escrito após o gênero, entre parênteses, e sempre com inicial maiúscula. Ex.: Anopheles (Nissurrhynchus) darlingi.

6. O nome dos animais deve ser grifado ou deve-se usar um tipo de letra diferente do texto, em geral usa-se o negrito ou caracteres itálicos.

7. Se um gênero ou espécie foi descrito mais de uma vez, deve-se sempre usar o primeiro nome que o animal foi descrito, mesmo que seja errado. É a lei da prioridade.

8. Nos trabalhos científicos, depois do nome da espécie, coloca-se o nome do autor (quem a descreveu) e o ano da publicação do trabalho onde foi descrito. Ex.: Triatoma infestans Klug, 1834.

Obs.: Quando um nome de autor e data, forem citados entre parênteses, indicam que a espécie em questão foi descrita originalmente em gênero diversos do que aparece citado. Ex.: Trypanossoma cruzi (Chagas, 1909) Dias, 1939. Significa que originalmente foi descrito como Schizotrypanum cruzi e Dias, em 1939, foi quem revalidou e renomeou.

9. Existem terminações (sufixos) padronizadas para as seguintes categorias: superfamília (oidea), família (idae), subfamília (inae) e tribo (ini). Ex.: O pernilongo, vetor da malária, pertence à superfamília Culicoidea, família Culicidae, subfamília Culicinae e a tribo Anophelini.



Dada a amplitude de aspectos implicados numa visão científica do mundo animal, são múltiplas as ciências e ramos, auxiliares ou básicos, gerais ou especiais, que contribuem para o conhecimento zoológico. O aspecto externo, a morfologia, a estrutura e a organização internas, em suas partes puramente descritivas, correspondem à Anatomia externa e interna. A Biofísica e a Bioquímica, desenvolvidas nas últimas décadas do século XX, consideram em sua aplicação à Zoologia os aspectos físicos e químicos de constituição e funcionamento dos animais e elaboram modelos mais ou menos abstratos e em grande medida desligados de suas coordenadas anatômicas ou descritivas.

A Histologia animal investiga a estrutura, formação e distribuição dos tecidos animais, enquanto a Citologia animal faz o mesmo em relação às células, consideradas como unidades. Nesse sentido, aprofunda o estudo das propriedades e características orgânicas e funcionais que distinguem as células animais das vegetais. Essas últimas são capazes de fotossíntese, o que lhes permite sintetizar o próprio alimento a partir de materiais inorgânicos. Além disso, as células vegetais são fortemente vacuoladas, com abundância de grânulos nos quais se acumulam amidos e outras substâncias de reserva, e apresentam uma parede celulósica que as priva de mobilidade e flexibilidade. A célula animal não dispõe de tal suporte externo nem apresenta tão grande número de grânulos nem de cloroplastos (corpúsculos nos quais se verifica a fotossíntese).
Outras ciências biológicas gerais e fundamentais para a compreensão do fenômeno animal são: a Genética, que estuda os mecanismos da herança dos caracteres biológicos; a Fisiologia animal, cujo objeto de estudo são os processos que ocorrem no organismo animal e permitem seu funcionamento; e a Embriologia, que tem por objeto o desenvolvimento do animal desde seus primeiros estágios de vida, quando não passa de um conjunto de células proveniente da segmentação do óvulo fecundado, a mórula, até atingir a estrutura e aspecto definitivos.
A Ecologia se ocupa da relação entre os animais e seu meio, este compreendido como o conjunto de fatores, tanto abióticos quanto bióticos, que constituem o ambiente em que vivem. Tal disciplina implica um nível de complexidade superior ao individual e abrange comunidades e populações, que são as unidades ecológicas básicas. A Etologia trata do comportamento animal e, apesar de ser uma ciência recente, constitui uma das áreas mais fecundas e promissoras da Zoologia, tendo esclarecido problemas fundamentais relacionados à linguagem animal, à territorialidade, às normas sociais, ao comportamento reprodutor e migratório e às causas da agressividade.

A Zoogeografia se liga estreitamente a essas duas ciências e tenta esclarecer os fatores que intervêm na distribuição geográfica dos animais no planeta, assim como as leis profundas que regem tal distribuição.
A Paleozoologia, que investiga as formas animais das eras geológicas passadas e sua evolução no decorrer do tempo, e a Taxionomia, ou Sistemática, cuja tarefa é traçar as grandes linhas de parentesco entre os componentes do reino animal, completam o quadro de disciplinas básicas que contribuem para os conhecimentos da Zoologia.
Outros ramos da ciência zoológica dizem respeito a áreas ou grupos específicos dentro do estudo do Reino Animal. Entre elas estão a Parasitologia, cujo campo de trabalho se centra em organismos animais que vivem à custa de outros, causando-lhes prejuízo; a Protozoologia, ciência que estuda os animais unicelulares ou protozoários; a Helmintologia, que se refere aos vermes, categoria não-sistemática na qual se incluem representantes de diferentes tipos, tais como os Platelmintos, Nematelmintos e Anelídeos; a Malacologia, que investiga os moluscos; a Entomologia, relativa aos artrópodes e, mais concretamente, aos insetos etc. No que se refere aos vertebrados, há também diversas disciplinas especiais, tais como a Ictiologia, estudo dos peixes; a Herpetologia, dos Anfíbios e Répteis; a Ornitologia, das aves; e a Mastozoologia, dos mamíferos.


Postado por Karine Ferraz Sperling e Renata H. Parrino.
Corrigido pelo Professor Ricardo Almeida.

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