segunda-feira, 20 de maio de 2013

Evolução dos vegetais


Estudamos a Morfoanatomia Vegetal com intuito de compreender a história evolutiva, através da morfologia das plantas.



Fonte: http://mpsaberbiologia.blogspot.com.br/2012/05/botanica-sistematica-vegetal.html

- Flores:
A evolução da flor foi seguramente um dos principais fatores que determinaram o sucesso e a grande diversidade das Angiospermas.
A partir da flor primitiva, as tendências evolutivas gerais se deram nos seguintes sentidos: redução do número de elementos, disposição espiralada dos elementos passando à disposição cíclica; sépalas indiferenciadas passando à diferenciação de cálice e corola; adequação e fusão dos elementos; mudança de simetria da flor de actinomorfa para zigomorfa; formação de um hipanto que gradualmente se funde ao ovário com modificação do ovário súpero para ovário ínfero e reunião das flores em inflorescências.

- Folhas:
 A folha é o órgão vegetativo que apresenta grande polimorfismo e adaptações a diferentes ambientes e funções.
Além da fotossíntese, outros processos fisiológicos importantes para as plantas têm lugar nas folhas, tais como: respiração, transpiração e reserva de nutrientes.
E as folhas, já pensaram em sua evolução? O motivo pela quais se precisaram melhorar? Será que poderíamos relacionar com a distribuição de seiva? Que quanto mais ramificada a folha, melhor a distribuição de seiva. E importância para o vegetal? As folhas possuem as mais diversas formas e tamanhos. Melhor método de se estudar as folhas é pega-as e observa-las.




Imagem 2: Diversidade de forma do limbo.
Fonte: http://cantinhodaciencia-igrejas.blogspot.com.br/2011/01/diversidade-de-folhas-na-natureza.html
São folhas que têm funções especiais e, por isso mesmo, suas formas se adaptam a essas especializações. São exemplos: 

Espinho - folha modificada para economia de água.

Escama - folha geralmente subterrânea modificada que protege brotos, como, por exemplo, no lírio.

Catáfilo - folha subterrânea modificada que protege o broto nos bulbos tunicados, como na cebola.

Gavinha - folha modificada para permitir a fixação dos caules sarmentosos.

Bráctea - folha modificada que acompanha as flores com função de proteção ou atração. 

Espata - bráctea especial que protege as inflorescências do copo-de-leite e do antúrio.

Carnívora ou insetívora - folha adaptada para atrair, capturar e digerir pequenos animais que vão ser utilizados como adubo.
Os espinhos são folhas modificadas. Durante a evolução, parte do tecido da folha se atrofiou e esclereficou, persistindo os vasos condutores de água. Normalmente há dois tipos de espinhos: os chamados radiais, que são geralmente mais numerosos; e os centrais, que são mais grossos e escassos. Possuem diferentes formatos (finos, grossos, cilíndricos, planos, retos, curvos ou retorcidos) e tamanhos (entre 1mm e 30 cm), podem ser rígidos ou flexíveis, com coloração que vai desde o branco até o negro (Hollis, 1999).
São também condutores de água, pois funcionam como ponto de condensação da umidade do ar, que escorre na direção da aréola, chegando aos vasos liberianos que ali se encontram. A partir daí, conduzem a água ao interior da planta.
Cotilédones são as primeiras folhas formadas ainda no embrião no interior da semente. Em alguns casos, acumulam reservas ou funcionam como um órgão de transferência de reservas do albúmen para o embrião.
Os espinhos são também órgãos de proteção da planta contra as intempéries (principalmente o sol) e os animais. Há também, em algumas espécies, espinhos glandulares que secretam açúcares (HOLLIS 1999).
Escamas ou catafilos: algumas vezes as folhas são reduzidas a escamas mais resistentes, os catafilos, que revestem as gemas em repouso. A principal função dos catafilos é a proteção da gema durante o inverno.
Passando a época desfavorável, as escamas caem e a gema rebrota.
Brácteas ou hipsofilos: as folhas podem ser transformadas em estruturas vistosas ou atrativas, que auxiliam na polinização.
Gavinhas são estruturas que têm a função de prender a planta em um suporte ou enrolando-se nele (tigmotropismo). Geralmente, as gavinhas originam-se do alongamento da nervura principal da folha.
Folhas das plantas carnívoras: são folhas que mostram variação morfológica com formas especializadas para a captura dos insetos e outros organismos. As plantas carnívoras vivem geralmente em ambientes pobres em compostos orgânicos, principalmente, pobres em nitrogênio, e para suprir esta deficiência, essas plantas capturam e digerem pequenos insetos e outros organismos.

Fonte: http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/morfvegetalorgaFOLHA.pdf
Fonte: http://aulasdebotanica.blogspot.com.br/2011/08/folhas-modificadas.html
Fonte: http://www.jardimdesuculentas.net76.net/apostila/05.html

Caule
O caule realiza a integração de raízes e folhas, tanto do ponto de vista estrutural como funcional. Em outras palavras, além de constituir a estrutura física onde se inserem raízes e folhas, o caule desempenha as funções de condução de água e sais minerais das raízes para as folhas, e de condução de matéria orgânica das folhas para as raízes.
Já em plantas que crescem em espessura, transformando-se em arbustos ou árvores, o tecido de revestimento (epiderme) é substituída por um revestimento complexo (periderme), formado por vários tecidos. Essas plantas que apresentam crescimento secundário são as eudicotiledôneas (lenhosas) e as Gimnospermas. Já as monocotiledôneas não apresentam crescimento secundário verdadeiro.
Os dois grandes grupos de angiospermas

As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.
São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.

Os caules são, em geral, estruturas aéreas, que crescem verticalmente em relação ao solo. Existem, no entanto, caules que crescem horizontalmente, muitas vezes, subterraneamente (abaixo do nível do solo, com função de reservar alimento)

Modificações caulinares
Espinhos: são transformações com função de defesa. Ex.: limoeiro (Citrus sp). Os acúleos (roseira, paineira), não são espinhos, mas sim projeções epidérmicas, sem vascularização.
Gavinhas: servem como suporte e fixação para trepadeiras; são sensíveis ao contato e por isso, se enrolam. Ex.: maracujá (Passiflora spp).
Domácias: quaisquer modificações estruturais do caule (ou da folha), que permitam o alojamento regular de animais. Ex.: O caule fistuloso (oco) da embaúba (Cecropia) é habitado por formigas.


A Raiz

A primeira raiz da planta origina no embrião (radícula do embrião - hipocótilo: origina raiz; epicótilo: origina as partes aéreas) e é chamada comumente de raiz primária. Nas gimnospermas, eudicotiledôneas e magnoliidea esta raiz torna-se pivotante; ela cresce diretamente para baixo, dando origem a ramificações, ou raízes laterais, ao longo do seu trajeto.






FIGURA 3: Desenvolvimento inicial da raiz – radícula do embrião. Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/feijao/arvore/CONTAG01_9_1311200215101.html

Esse tipo de sistema radicular, que desenvolve uma raiz principal bem desenvolvida e seus ramos é chamado sistema radicular pivotante (axial). Nas monocotiledôneas, a raiz primária comumente tem vida curta e o sistema radicular é formado por raízes adventícias, que se originam de tecidos do caule ou folhas (não tem origem no embrião). Essas raízes adventícias e suas raízes laterais dão origem a um sistema radicular fasciculado (cabeleira), no qual nenhuma raiz é mais proeminente do que as outras (não apresenta eixo principal: controle da erosão; une com mais firmeza as partículas do solo).
Os sistemas radiculares pivotante, em geral, penetram mais profundamente no solo do que os sistemas radiculares fasciculados. A extensão de um sistema radicular (profundidade que ele penetra no solo e a distância que ele se espalha lateralmente) depende de vários fatores, incluindo umidade, temperatura e composição do solo. Grande parte das raízes de nutrição (raízes ativamente envolvidas na absorção e transporte de água e minerais) da maioria das árvores ocorre nos primeiros 15 cm de solo, que é normalmente a parte do solo mais rica em matéria orgânica.

Referências:
http://www.raiz-iifp.pt/
http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/pdf-recursos-didaticos/morfvegetalorgaFLOR.pdf
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/morfvegetalorgaCAULE.pdf
http://professores.unisanta.br/maramagenta/SISTEMA%20CAULINAR.ASP

Postado por Aline Borato e Caroline Ribas
Corrigido pela Profª Me. Anna Luiza Pereira Andrade

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